sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

que confusa me deixou a tua marcação. depois de tantos meses... seria mais fácil ter deixado tudo no passado. encoberto como estava. tudo em seu devido lugar - mesmo que o lugar correto fosse jogado em qualquer canto - sendo nutrido pelos dias com poeira. e pra que a marcação? quero dizer, pra que trazer à tona sentimentos mortos. que eu matei com as armas que tinha. que você matou. que elas mataram. que nós matamos. e enterramos. faço o que com isso? lido como? jogo onde a frustração, a raiva, as perguntas que calei contra minha vontade, por falta de vontade - ou de força? que mania boba as pessoas - você - têm de acender as luzes das salas do passado. eu digo mesmo: apaga a luz, tranca a porta, joga a chave fora. la dentro só tem poeira. e algo perigoso - memórias.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

eu sei como é morrer de saudade e de vontade. eu sei como é ver um sorriso que faz sua vida inteira ter valido a pena. sei como é quando tudo o que a gente quer é acordar e ler um "bom dia, pequena" e dar um sorriso tímido.
sei mesmo como é quando chega a noite e ela traz um monte de vazio e joga na sua cama. e sei como é quando a gente sente a pessoa até no vazio. e sei como dá vontade de socar o travesseiro e jogar ele longe porque isso também da raiva.
sei como é não ter forças pra socar o travesseiro. e só virar pro lado, abraçá-lo e chorar. e chorar mais um pouco.
sei como é acordar no dia seguinte esperando o "bom dia" e não encontrar nada. sei que isso dói pra caralho.
e te amo muito. e te quero todos os dias. e te sinto - até no vazio que se forma em mim quando você se vai. e te peço - imploro - seja minha. pra sempre.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

MOMENTOS QUE TE FAZEM PENSAR:
"SE FIZER UM FURINHO AQUI, SERÁ QUE A DOR VAZA?"

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ORAÇÃO DO AMOR EFÊMERO - Clarah Averbuck

Eu quero ir embora, eu quero um amor que me carregue para longe daqui, que me leve, me leve, me leve embora, que me ame com força e desespero, que machuque minha boca no primeiro beijo porque queria muito, que tatue meu nome no braço mesmo sabendo que não é para sempre, que não se importe com nada. Vamos fugir, vamos sumir, ser estranhos longe de todo mundo. Eu quero um amor que me puxe com força e não me dê opção senão me deixar levar, eu quero ir, eu quero ir, eu quero ir embora daqui. Eu quero um amor que me perca, me ache, me deixe tonta e confusa, que não se incomode com os olhares dos outros e grite que me ama, eu quero, eu quero um amor que me leve, que perca, me ache, me ganhe de cara. Que me guie, me guarde, me governe, me ilumine, me incendeie, me cause insônia e raiva e ciúme e lágrimas e febre e riso. Eu quero um amor que me canse, me canse, não canse nunca e me canse e se canse. Eu quero um amor de verdade, puro, limpo, imaculado, sagrado, que vá até o fundo, até onde ninguém foi. Eu quero um amor que me olhe nos olhos, não tenha medo de se jogar no abismo, de se jogar em mim. Eu quero um amor que esteja disposto a arder no inferno por nós. Que esteja lá não importando para onde eu queira ir. Eu quero um amor de janta e café da manhã, que não prometa nada, que não dê nada além do que for tão verdadeiro que me deixe doente, louca, rouca, suada, cansada, que arranque minha paz junto com meu coração. Eu quero um amor que me leve até o fim.
e se o amor fosse uma daquelas correntinhas que a gente - as vezes sem querer - acaba deixando guardada - ou esquecida mesmo - dentro de um porta jóias (daqueles que a gente pega do quarto da nossa mãe e não devolve nunca mais) por muito, muito tempo.
dai um dia a gente escolhe uma pessoa no mundo - a leva pra dentro do nosso quarto, passa chave na porta e com carinho mostra o porta jóias, e com mais carinho ainda ela o abre - e acontece.
a gente entrega a correntinha - que é todo nosso coração - e esse parece ser um ato pequeno - e com certeza é - mas é também extraordinário (como a maioria das coisas pequenas da vida).

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

eu te amo e eu quero que o meu amor acabe com você, eu te amo mais que tudo na minha vida e eu quero que isso te sufoque. eu quero que você saiba que você é minha vida e eu quero mesmo que saber disso te machuque.